ENERGIA SOLAR OU AQUECEDOR SOLAR?
Essa é uma dúvida muito comum que o consumidor tem ao buscar alternativas à energia elétrica. No entanto, a diferença está relacionada à função que cada uma exerce, ou seja, geração de energia ou aquecimento de água.
Se o seu objetivo é reduzir gastos com o chuveiro, por exemplo, o aquecedor solar é uma boa opção. Mas, se você busca economia em todos os aspectos da sua casa ou empresa, o ideal é optar por um sistema de energia solar.
SISTEMA DE AQUECIMENTO DE ÁGUA COM ENERGIA SOLAR:
O sistema de aquecimento de água pela energia solar é composto pelos coletores solares (placas) e o reservatório térmico (Boiler).
As placas são responsáveis pela absorção da radiação solar. O calor solar captado por elas é transferido para a água que circula no interior de suas tubulações de cobre.
O reservatório térmico (Boiler), local onde fica armazenada a água aquecida, consiste em cilindros de cobre, polipropileno ou inox que são isolados de maneira térmica. A água é conservada aquecida até que seja consumida.
Os raios atravessam o vidro da tampa do coletor solar e esquentam as aletas que são feitas de cobre ou alumínio, pintadas com uma tinta especial escura que ajuda na absorção máxima da radiação solar. O calor cruza as aletas para os tubos (serpentina). A água que está no interior da serpentina esquenta e vai parar diretamente no reservatório do sistema de aquecimento de água.
A função do reservatório térmico no sistema de aquecimento solar residencial é como uma caixa d’água: responsável por fazer com que a água armazenada fique sempre quente no aquecedor solar.
SISTEMAS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA:
A energia elétrica é gerada através da conversão da luz sol, podendo, assim, suprir completamente o consumo da sua casa.
São dois tipos de sistemas fotovoltaicos: conectados à rede (On-Grid) e isolados (Off Grid). Ambos funcionam com placas solares (placas fotovoltaicas) transformando a energia luminosa do sol em energia elétrica. Essa energia é gerada em corrente contínua e precisa ser convertida em corrente alternada que é o padrão utilizado na nossa rede elétrica. Para isso, utiliza-se o inversor interativo, e este injetará a energia no quadro geral para que ela seja distribuída e utilizada em todas as tomadas da casa.
A energia gerada pelo sistema costuma ser maior que o consumo da residência em alguns momentos de pico, como ao meio-dia, por exemplo. Nesse caso, o que não é utilizado imediatamente deve ser armazenado. Assim, a maior diferença entre os dois tipos de sistemas fotovoltaicos é a forma como lidam com o excedente de energia.
1.1 – SISTEMA CONECTADO À REDE (ON-GRID):
A maioria absoluta dos sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil são do tipo conectado à rede (On-Grid). Além de mais baratos, também são economicamente mais vantajosos. Esses sistemas funcionam em conjunto com a rede elétrica da distribuidora. Toda a energia excedente gerada durante o dia é enviada à rede pública e a distribuidora local a utiliza para atender o consumo de imóveis vizinhos.
De acordo com as regras do segmento de geração distribuída, todas as distribuidoras do país são obrigadas a compensar o consumidor por essa energia através de créditos energéticos. Isso é fruto do sistema de compensação de energia elétrica criado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em sua Resolução Normativa 482, de 2012.
Por sua vez, esses créditos são utilizados pelo consumidor para abater a energia consumida da rede em momentos que o seu sistema não consegue suprir o consumo da residência: horários de pouca luminosidade ou durante a noite, uma vez que o sistema precisa de luz do sol pra gerar energia. Essa conta de crédito e débito de energia é registrada pela distribuidora na sua conta de luz, e os créditos são válidos por até 5 anos.
Desta forma, uma vez que os créditos podem abater toda a energia consumida da rede, você deixa de pagar pela energia da distribuidora e paga somente pela taxa de disponibilidade da rede, chamada taxa mínima de luz, o que resulta em uma economia de até 95% na conta de luz.
1.2 – SISTEMA ISOLADO DA REDE (OFF GRID):
Nos sistemas isolados da rede a energia excedente gerada durante o dia deve ser armazenada para poder ser utilizada nos períodos noturnos. Isso é feito através de um banco de baterias, que deve ser muito bem calculado para que o imóvel não fique sem energia durante à noite. No entanto, embora tragam uma total independência da rede elétrica e acabem com a conta de luz, essas baterias são justamente o maior entrave dos sistemas isolados.
Os modelos disponíveis no Brasil, além de utilizar uma tecnologia defasada, possuem valor de aquisição muito alto e possuem vida útil muito abaixo do painel solar, que é de mais de 25 anos. Por isso, o uso de sistemas Off Grid é indicado somente para casas sem acesso à rede elétrica. Porém, devido aos novos modelos de bateria solar residencial, como a Powerwall da Tesla, essa é uma tendência de mercado que deve chegar em breve ao aos brasileiros.